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É a história de uma escritora, que acorda tarde, e escreve assim, ainda com roupão, toma café, fica diante da máquina, que deve ser a própria Clarice. Só que ela tem uma vizinha, que é uma menina toda arrumadinha, que bate na porta e pede para entrar, é a Ofélia. E a Ofélia não entende aquela mulher estranha, porque na casa dela é tudo certinho, tudo organizado, né, tudo tem horário, ela está sempre arrumada, impecável. Então ela faz críticas a essa mulher. Aí ela, por exemplo, vai na geladeira, “você comprou verduras demais, vai estragar”. E ela dizia. Batata Na quinta já tinha coisa estragada na geladeira. É uma inversão. É como se a menina tivesse mostrando coisas para a adulta, para esta escritora. Até que um dia ocorre um fato inusitado. Esta escritora comprou perto da Páscoa um pintinho para os filhos. E aí esta menina chega e diz “eu estou escutando um barulho estranho na cozinha, o que é?”. “Ah, é o pintinho que eu comprei para os meus filhos.” “Um PINTINHO”. E aquele pintinho desorganiza a vida da menina. E aí eu não vou contar mais nada senão perde a graça, vocês têm que ler este conto que é maravilhoso, tá? É uma inversão. É uma menina que está perdendo a infância e recupera com a ajuda de um adulto. É um conto muito bonito que eu recomendo para vocês. Agora eu lembrei bem da história. Eu confundi porque tinha a história do animal, do pintinho e o outro é da macaquinha. Está no mesmo livro. Vocês vão achar lá, tá bom (risos).