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GUENO EM TEMPO DE PANDEMIA

Vanessa Cotrim, vice-diretora do Colégio Estadual João Gueno, fala das dificuldades de adaptação ao novo método de ensino e aprendizado: “A princípio todos nós, incluindo os alunos, tivemos dificuldades por conta da novidade, pois se tratava de um sistema novo e que ninguém conhecia. Porém, acredito que agora as coisas estão caminhando bem com relação aos alunos que estão acessando a plataforma classroom, mesmo os que só começaram agora”.

Ela também relata que a maior dificuldade dos alunos é em relação a organização em casa, mas agora as coisas já estão bem encaminhadas e os alunos que estão mais tranquilos são aqueles que seguem uma rotina de estudos.

Com relação à rotina no período de quarentena da escola, Cotrim, que é uma das responsáveis por essa organização, fala sobre a necessidade de criar escalas de trabalho para direção, secretaria e limpeza. “Eu e o Francis (diretor do colégio) criamos escalas de revezamento: as meninas da secretaria geralmente vão na terça-feira para organizar as atividades que serão entregues aos os professores e também combinamos alguns dias para as meninas da limpeza arrumarem as salas e o pátio”.

 

Ela ainda menciona que alguns alunos não têm ido atrás das atividades e consequentemente tiveram que acionar o conselho tutelar para entrar em contato com essas famílias.

Sobre os pais, a vice-diretora conta que a maior dificuldade é a de ajudar seus filhos com o conteúdo passado nas aulas. Também existe uma minoria de pais que infelizmente não estão levando a sério esse período, mas mesmo assim ela reforça a importância dos alunos estarem participando de alguma forma das atividades escolares.

Vanessa também é uma das responsáveis pela entrega do Kit alimento no colégio e sobre isso relata: “os pais foram bem compreensivos a partir do momento em que usar máscara virou uma norma estadual. 99% dos pais foram bem bacanas em relação a isso e a única coisa que deixou a desejar foi a questão do horário, pois muitos pais aparecem aqui em cima da hora e isso atrasa todo nosso trabalho”. Ela ainda acrescenta e diz que eles estão recebendo um retorno positivo com relação ao respeito às regras.

Por André Darolt e João Henrique Gueno

Edição: Lucas Daniel

Para Maria Marli de Oliveira Coradin, secretária do Colégio Estadual João Gueno, a pandemia virou o dia-a-dia e a rotina de pernas para o ar. A mudança de hábitos foi rápida e em entrevista ela relata: "o que mais me incomoda é ter que ficar em isolamento sem poder visitar parentes e amigos".


Coradin conta que a maior dificuldade no ofício é ter que trabalhar com medo do contato, já que não é possível saber se quem entra pelo portão do colégio pode estar contaminado ou não. "Ter que atender as pessoas com distanciamento é muito triste", desabafa.


A secretária acredita as aulas online (videoaulas) possibilitam ao aluno uma flexibilidade para estudar em um horário e local adequado. Caso o aluno não tenha entendido a matéria, poderá reassistir as aulas quantas vezes forem necessárias.

Sobre o pós-pandemia, Maria relata: "podemos esperar por mudanças em todos os sentidos. No quesito educação, a escola não será mais a mesma. A tendência é que a tecnologia incorpore às rotinas escolares de diversas formas, como uma aliada ao processo cognitivo".

Por Victoria Avila e Adilson Kevin de Assis de Souza

Edição: Lucas Daniel

Segundo Francis Eder Ribeiro da Silva, diretor do Colégio Estadual João Gueno, é necessário se acostumar com as novas mudanças na forma de ensino, já que agora a aula presencial está suspensa e ainda não há uma data prevista para o retorno da mesma. "Ainda estamos nos adaptando como esquema de aula online, pois a cada semana recebemos uma nova orientação", diz ele.

 

Francis e outros funcionários estão indo para o colégio três vezes na semana: segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, das 9:00 às 10:30 da manhã. Eles recebem alimentos e fazem a doação para os alunos cujo os pais são beneficiários do bolsa família. Também fazem entrega do leite, organizam a parte administrativa do colégio e compram produtos de limpeza. "Estamos mantendo o máximo de cuidado possível, usando álcool em gel a todo momento, a máscara que é de uso obrigatório e o distanciamento necessário", diz o diretor.

 

Francis relata que as redes sociais ajudam muito com o repasse de informações aos pais. Aqueles que não tem acesso à internet, podem comparecer ao colégio nos dias de funcionamento, tomando as precauções necessárias. "Tenho receio em sair de casa. Eu estou me cuidando, mas não sei se o outro ao meu lado está. Alguns pais chegam no colégio descumprindo a orientação do uso das máscaras e quando peço para que coloquem, ficam bravos. Esta é uma questão de segurança, se eu não me cuidar posso levar algo para minha casa e minha família", desabafa o diretor.

Ele ainda conta que o maior desafio é fazer com que os alunos entendam esse processo e que se dediquem nas lições, pois muitos acham que o momento é de férias. Junto a isso, outra dificuldade é fazer com que as famílias incentivem seus filhos a fazerem as atividades propostas.

Por Fabiane Polly e Luana Napoleão Valdera

Edição: Lucas Daniel

Jociane da Silva, também conhecida como Tia Jo, é funcionária do Colégio Estadual João Gueno há 10 anos, exercendo a função de agente educacional I e sendo responsável pela alimentação dos alunos. Assim como muitos brasileiros, ela também teve sua rotina alterada com o decreto da pandemia no mês de março.

Antes da suspensão das aulas presenciais, Jociane trabalhava de segunda a sexta-feira. “Eu tinha uma rotina diária: chegava às sete horas da manhã, fazia o atendimento no portão e depois ia para a cozinha, onde preparava a refeição dos alunos”. Com a nova rotina ela deixou de frequentar o colégio todos os dias e passou a ir somente uma vez na semana, para realizar a entrega do leite.

A entrega do leite faz parte do PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS, que tem por objetivo auxiliar o combate à desnutrição infantil. Essa entrega é feita nas segundas, quartas e sextas-feiras. “Uma de nossas funcionárias é do grupo de risco, então ela está afastada das atividades. Cada funcionária fica responsável por um dia de entrega e eu sou a responsável por organizar os dias de cada uma”.

A entrega do leite é feita no mesmo dia em que o colégio os recebe, seguindo as normas de segurança da pandemia (uso de máscara, luvas, álcool em gel e demarcação de distanciamento no chão). Tia Jo comenta que mesmo com a Pandemia o número de favorecidos da entrega do leite não aumentou. “Não houve aumento em relação ao número de crianças beneficiárias do programa, mas várias das mães que antes faltavam na entrega, agora não faltam mais”. Nesse mesmo dia também é feita a entrega dos kits alimentícios para os pais dos alunos beneficiários do bolsa família.

Por Ana Luiza de Souza Silva e Gustavo Luiz Gregório

Edição: Lucas Daniel

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