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saúde mental

Por Fabiane Polli Santos.

Edição: Mariana Pallú e Paula Bulka

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   A pandemia não só afetou os nossos hábitos como também trouxe malefícios para a saúde mental de todos. Conversamos com a doutora em psicologia Virgínia Lemos Leal Newton para sabermos mais sobre os impactos que o coronavírus trouxe aos jovens e adolescentes e listamos alguns deles para você:

  • Relações Familiares: Preocupações com a segurança da família, de algum familiar pegar, de perder alguém. Isso gera um medo, uma sensação de estar ameaçado, que somando com as preocupações financeiras se tornam inseguranças significativas. Essa visão imprevisível do futuro só dificulta a aceitação da realidade e demanda uma nova reorganização;

  • Espaço: Antes da pandemia todos tinham um lugar específico para estudar e participar das aulas e que, a princípio, era um ambiente de acolhimento, desafios e aprendizagem. Mas, de repente, tudo mudou. Agora todos estão em casa, às vezes com dificuldades de ter seu espaço de estudo, com uma relação difícil com a tecnologia e também se questionando sobre seu próprio aprendizado, justamente por não ter um professor por perto o que, querendo ou não, é um bom motivador. Um outro fator de impacto é a relação de pais e filhos juntos ao mesmo tempo dentro de casa, seja em uma relação de trabalho ou de aprendizagem. Isso pode ser muitas vezes complicado porque alguns podem estar em atrito com os pais e sofrendo pela falta de privacidade;

  • Sono: Um fator importante que reflete na nossa saúde mental é o sono. Ele tem sido muito afetado nesse momento de maior estresse, atenção e permanência na tela do celular e do computador. Essa maior fissura acaba causando um estímulo visual e cerebral intenso e algumas pessoas estão sofrendo com isso. Elas podem estar dormindo de forma mais agitada e com dificuldades de pegar no sono. Isso vai se refletir no cansaço, na ansiedade e até mesmo no agravamento de um quadro mais agudo de estresse ou depressão. Mas como podemos cuidar e preservar o nosso sono? Podemos fazer isso diminuindo o tempo de tela, tentando algum ritual para dormir (como por exemplo a meditação), evitando ficar na frente das telas perto do horário de dormir e tomando banho sempre morno;

  • Vício: Em relação aos vícios - seja eles de celular, TV, comida ou de certos hábitos - nesse momento em que as pessoas tendem a ficar mais em casa, eles podem se intensificar o que, por sinal, é um fator de impacto com o qual temos que ter muito cuidado, pois como há menos coisas para disputar nossa atenção no dia a dia, a tendência é optar pelo o que é mais fácil. Então, muitos desses vícios podem ser prejudiciais à saúde tanto física quanto mental;

  • Carinho e Empatia: Com esse período difícil, muitos sentimentos vieram à tona, como a irritabilidade, a frustração e a tristeza, seja em relação a nós mesmos ou em relação a pessoas próximas. Isso faz parte desse momento, então o carinho, a aceitação e a paciência têm sido muito requisitados. Mas, dessa maneira, a saúde vem sendo muito testada para que sejamos mais flexíveis e para que nos adaptemos mais criativamente às nossas necessidades. Com a nossa situação atual, também estamos sendo requisitados para que sejamos mais empáticos em relação aos outros e também a nós mesmos, assim desenvolvendo mais paciência e, por incrível que pareça, mais autonomia.

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