aulas a distância

Com o decreto que suspendeu as aulas presenciais, a rede estadual entrou em recesso, antecipando “as férias de julho” em 20 de março de 2020. Ao término dessas duas semanas, já no início do mês de abril, fomos informados que, como medida de prevenção à disseminação da COVID, a partir de então as aulas aconteceriam de forma remota: por meio da TV, Youtube, aplicativo Aula Paraná e Google Classroom.

Fiquei feliz pela possibilidade de se tentar manter a “escola funcionando”, mesmo em um formato que nenhum de nós imaginamos, desejamos e para o qual também nos preparamos. Por meio de buscas, tentativas, acertos, erros, lives e videochamadas estamos nos esforçando para organizar nosso tempo, nossa rotina, nossa sala de aula em meio a um contexto de tanta insegurança, em que precisamos nos distanciar para nos proteger.

Não está sendo fácil. Sinto muita saudade da escola, do contato diário com colegas, dos meus alunos, do espaço da sala de aula e tudo que o constitui como algo tão especial: local de encontro, aprendizado, amizade, crescimento. Já são meses e ainda estamos nos adaptando a única forma segura e possível de manter neste tempo esse espaço da educação!

Por Érica Rodrigues, professora de Língua Portuguesa do Colégio João Gueno

Edição: Lucas Daniel

Me chamo Luana Napoleão Valdera, tenho 13 anos, sou estudante e estou em isolamento social desde março.
Tudo que eu tinha planejado para esse ano, como viajar, infelizmente não vai acontecer por conta da pandemia. Para prevenir a transmissão do novo vírus, COVID-19, estou tendo aulas por EAD (Educação a distância) - por aplicativos, televisão, entre outros meios. No começo achei uma boa ideia, mas observando a condição de outras pessoas acabei mudando meu pensamento, pois vários alunos não têm acesso ao material.

Também não concordo com a duração das aulas. São 45 minutos, sem nenhum entretenimento; no colégio são 50 minutos mas com os colegas e professores, assim, se você tem alguma dúvida é só levantar a mão e perguntar, enquanto nas aulas remotas não, você esclarece suas dúvidas fazendo pesquisas e isso muitas vezes se torna entediante. Eu já fiz várias coisas além de estudar: como assistir filmes, ler livros e jogar jogos de tabuleiro. Mesmo fazendo tudo isso, eu gostaria de sair…

Esse isolamento me fez refletir sobre muitas coisas, como por exemplo, não reclamar do que eu tenho e faço, pois um dia eu posso ficar sem. Eu reclamava do colégio e olha agora, tudo que eu mais queria era voltar para ele.

Por Luana Napoleão Valdera

Edição: Lucas Daniel

Eu prefiro muito mais as aulas presenciais ao EAD (Educação a distância). Parece ser mais fácil de entender com os professores e amigos por perto. Você tira as dúvidas de forma rápida, além de que, é melhor ter aulas com os professores que já conhecemos.

Por João Henrique Gueno

Edição: Lucas Daniel

Pense positivo! Nesse tempo em que estamos quarentenados percebi muitas críticas, feitas por estudantes, em relação às aulas online, sendo que estamos em meio a uma pandemia. Acho que essa não é a hora de fazer reclamações, não está sendo fácil para ninguém. Ao pensar pelo lado positivo, percebi muitas vantagens das aulas online: flexibilidade nas datas de entrega e na rotina de estudos dos alunos, maior facilidade na busca por respostas e conteúdos na internet. No meu caso, gosto de um estudo mais individual, mas pelo conteúdo às vezes ser muito extenso, as chamadas com os amigos são muito bem vindas.

Por Lucas Guilherme Girotto da Silva

Edição: Lucas Daniel

Meu nome é Ana Luiza, tenho 15 anos e estou vivendo um dos anos mais confusos da humanidade. Com a chegada da COVID-19 no país e no meu estado (Paraná), escolas, igrejas, comércios, entre outros, tiveram que ser fechados a fim de evitar aglomerações e a transmissão do corona. Estou em quarentena desde março, tendo que realizar meus estudos em casa por EAD (Educação a distância), o que tem sido um desafio para mim. As coisas se desenrolaram de forma desordenada e eu fui me enrolando nas minhas obrigações.

Só recentemente consegui estabelecer uma rotina boa para minha escola e curso. Estou bem agitada e ansiosa, contudo, estudo bastante todos os dias e me esforço para aprender. Em breve realizarei uma série de provas, para tentar aprovações em diferentes colégios e temo que meu esforço não me dê bons resultados.

Tenho muita saudade da escola, de alguns professores e principalmente de meus amigos. Acho que a esperança de todos é a volta às aulas em agosto (que eu não tenho certeza se realmente ocorrerá) e a vacina no final de setembro. Sigo firme com a esperança de que tudo vai melhorar.

Por Ana Luiza de Souza Silva

Edição: Lucas Daniel

Os primeiros dias de adaptação às aulas online foram bem difíceis. Era uma situação totalmente nova, não só para mim como para todos, mas aos poucos estamos nos ajustando com as novas orientações e formas de aprendizagem. Existem também as situações de dificuldade que alguns colegas possuem para acessar o material e desenvolver as atividades. Eu mesmo demorei um pouco para entender como funcionava a plataforma do Classroom. É complicado entender o conteúdo das aulas pelo EAD (Educação a distância), pois não podemos interagir com os professores nos momentos de dúvida. Temos que considerartambém que o tempo das aulas é desgastante.

Por André Luiz Darolt

Edição: Lucas Daniel

Aulas a distância? Não aprovo! Nesse período de quarentena houve muita mudança no cotidiano dos estudantes, como o EAD (Educação a distância). Eu particularmente não gostei: achei cansativo, não tem aulas práticas, não tem a mesma interação que em uma sala de aula e é muito maçante. Muitos alunos não entendem a importância de realizar as atividades, muitos confiam em notícias falsas e com o aumento dessas fake news (notícias falsas) em relação ao período necessário de isolamento, alguns alunos acabam desistindo de acompanhar as aulas neste novo formato.

Por Adilson Kevin Assis de Souza

Edição: Lucas Daniel

Eu me lembro claramente do dia 29 de dezembro. Alguns dias antes da virada de ano, imaginei como seria o meu novo ano letivo. Eu iria me esforçar mais para tentar entrar em uma boa escola no ensino médio, teria boas notas, iria aproveitar o tempo com os meu amigos e desfrutaria das aulas dos meus professores.

De repente em março, num piscar de olhos, tudo mudou drasticamente. O mundo parou por causa da COVID-19 e por consequência as aulas presenciais também. Com tudo isso acontecendo surgiram as aulas a distância. No início, eu até achei interessante - às vezes estressante - por ser algo totalmente novo, mas pouco tempo depois apenas o estresse permaneceu.

As aulas são planejadas pelo Estado. Elas são tão desgastantes e tão longas... imagina você ficar na frente de uma tela por 5 horas. Não é a mesma coisa do que estar numa sala de aula, onde você tem a interação com os professores e amigos. Está sendo mais difícil entender um conteúdo novo, eu não sei exatamente o porquê, mas está. É como se tudo o que aquele professor da tela falasse fizesse sentido, mas para mim não. É uma dificuldade minha.

Isso vai de pessoa para pessoa, deve ter alguém que tem mais facilidade com essas aulas online, porém, com certeza não se compara a uma aula presencial. Se alguém me falasse que estava sentindo falta da escola há alguns meses, eu o chamaria de louco, mas agora eu compreendo essa sensação de querer ver os professores e colegas novamente. Espero que dias melhores venham e que as aulas voltem logo.

Por Fabiane Polli Santos

Edição: Lucas Daniel