top of page
Foto do escritorJoão Gueno

O susto de Moisés

por Leonardo Rossi



Agora com a cancha de campo sintético é lei: dia sim, dia não, Moisés se reúne com seus amigos para um jogo de futebol. Como durante as manhãs e tardes os alunos do Colégio João Gueno usam esse espaço para as aulas de Educação Física, Moisés e sua turma costumam se reunir na cancha às 20 horas.


Depois de uma dessas partidas em uma noite escura, Moisés voltava sozinho para sua casa. Quando chegou na rua em que mora, a Bernardo Lunardon, ficou mais tranquilo. Conhecia todos os moradores na pequena travessa entre as ruas João Antônio Trevisan e Joaquim Félix de Godoy.


Mas naquela noite foi surpreendido. Ao virar a esquina, percebeu que dois caras subiram de moto a pequena travessa. Moisés não pensou duas vezes, começou a correr e sacou um canivete que ganhou de presente de seu pai.


Logo pulou numa moita e ficou escondido. Estava com muito medo de ser assaltado. Moisés lembrou que tinha um telefone público na rua de cima. Correu para lá e tentou ligar para a polícia, mas não acreditaram, afinal, daquele telefone já foram passados muitos trotes, inclusive por conhecidos de Moisés.


Ele ouviu o barulho da moto e correu para moita de novo. Os dois caras pararam e começaram a conversar em frente à moita em que ele estava escondido. Moisés, apavorado, começou a chorar e a andar agachado. Conseguiu atravessar a rua correndo.


Subiu no poste de sua casa e gritou “mãe, me ajuda!”, mas não teve respostas. Sem saber o que fazer, jogou o canivete e acertou o gato do vizinho, que deu um berro. Os homens da moto ouviram o barulho e foram em direção a casa de Moisés. Ele conseguiu pular o muro e chegando na porta da cozinha, encontrou seu pai que tentava desfazer o nó de uma corda:

– Filho, me empresta aquele canivete que te dei?

– O canivete? É uma longa história...

2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page