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Um amigo quase perfeito

  • Foto do escritor: João Gueno
    João Gueno
  • 9 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

por Flávio Henrique Souza da Silva



Miguel Maria da Silva. Esse é o nome do meu avô, que nasceu em meados de 1951 em uma cidade chamada Barra do Turvo, um município muito tranquilo. Lá, foi criado pelos avós e enfrentou até a ditadura militar. Miguel era muito amado em Barra do Turvo e todos o conheciam - o chamavam de Miguel da Rural. Ele era casado com Cenilda e tinha quatro filhos.


Meu avô tinha um amigo com quem podia sempre contar, o Werner. Os dois eram sócios de uma fazenda e até os gados eram marcados com as letras MW. Em 2016, Miguel com sua família e seu inseparável amigo Werner se mudaram para Colombo, na região metropolitana de Curitiba. A casa para a qual se mudaram era a mais bonita da rua Francisco Tanner, no bairro São Dimas.


Certo dia, Miguel descobriu que Werner tinha um caso com Cenilda. Os dois foram embora da cidade deixando os quatro filhos para Miguel cuidar. Logo toda a rua sabia da traição. A casa, que era a mais bonita da rua, virou um point de drogas. Os filhos de Miguel, ainda pequenos, consumiam bebidas alcoólicas e fumavam.

Meu avô e um de seus filhos voltaram para Barra do Turvo, mas logo depois foram para Colombo novamente. Quando chegaram, encontraram a casa abandonada e cheia de cachorros.


Com o tempo, Miguel reformou a casa, que voltou a ser a mais linda da rua. Os filhos voltaram a morar com o pai e tudo voltou ao normal. Ainda assim, Miguel tinha um aperto no coração por ter sido traído pela esposa, Cenilda, e pelo melhor amigo, Werner. No final de 2017, Miguel faleceu. Antes de seu último suspiro ele disse “eu perdoo eles”.

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