por Regis Vedor
Nos finais de semana eu e meus cinco amigos do bairro São Dimas nos reunimos na Cancha de esportes na Rua Miguel Zanon, para encontrarmos um lugar para soltar raia. Num desses dias, estavamos na Rua Olímpio Cardoso, que ao todo tem três fábricas: uma abandonada, outra em reforma e uma funcionando. Escolhemos o terreno baldio para soltar pipa. Tendo poucos fios de luz e quatro árvores perdidas, é o local ideal para soltar raia. Cerca de vinte minutos depois de começar a empinar a pipa, fiquei sentado escutando os barulhos do bairro.
De repente, recolhi o fio e sai correndo o mais rápido que pude. Entrei no mato perto para cortar caminho e raspei minhas pernas na vegetação que dá coceira. No meio do caminho, esbarrei em uma árvore, mas levantei rapidamente. Sai no mato que dava na Rua Severo Taverna. Havia cinco cães abandonados na rua. Continuei correndo. Eles começaram a latir e vieram para cima de mim.
Já estava cansado, quando um dos cães me alcançou e me mordeu. Caí e machuquei minhas mãos. O cachorro não largava minha perna. Dei um impulso com tudo para frente. O cachorro largou minha perna, mas infelizmente perdi meu chinelo do pé direito.
Não iria desistir tão cedo da minha pipa! Finalmente a achei presa em uma árvore. Tentava e tentava subir nela. Caí umas cinco vezes, mas na sexta vez, subi quase no topo, quebrei um galho da árvore e consegui pegar a raia. No momento que a peguei, caí com as costas nas pedras e a raia caiu no meu peito. Valeu a pena!
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